sábado, 18 de agosto de 2012

Inspeção Veicular Ambiental poderá ser discutida após as eleições municipais

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Projeto está na CCJ da Assembleia Legislativa aguardando votação A Assembleia Legislativa do Estado sedia hoje encontro que debate a Inspeção Veicular Ambiental (IVA). Aproveitando a ocasião, o programa Esfera Pública recebeu o secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo, Carlos Roberto Fortner; o médico patologista, coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Faculdade de Medicina da USP e membro do comitê da Organização Mundial da Saúde, Paulo Saldiva; e o assessor técnico do Departamento Estadual de Trânsito (Detran–RS), Túlio Verdi Filho.

Fortner não vê nenhuma polêmica em um programa que vai cuidar da qualidade do ar, voltado para a saúde publica, cidadania e segurança. Na cidade de São Paulo, houve uma resistência na adoção do IVA, mas hoje, segundo Fortner, as pessoas tem consciência da importância da visita anual ao Centro de Inspeção Veicular, contribuindo para melhorar a qualidade do ar que respiram e a a cidade em que vivem.

De acordo com Saldiva, a tecnologia limpa que vai nos dar energia e mobilidade infinita não existie. No entanto, ele lembrou que poluição do ar é menos do que fumar, só que no fumo, o risco se aplica ao fumante, enquanto que na poluição todos estão expostos. 

Verdi Filho afirmou que é um serviço novo a ser executado, que precisa ser cobrada e quem paga é quem polui. O projeto do IVA está na Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa, com parecer favorável do seu relator, deputado Ronaldo Santini, vice-líder do governo. A expectativa do assessor técnico do Detran é de o projeto será discutido no Legislativo após as eleições municipais. Em São Paulo, o serviço de inspeção é feito por uma concessionária, que implanta todos os centros. O agendamento é feito pela internet e a inspeção dura, no máximo, 15 minutos. 

Para Saldiva, não há justificativa para tomar medidas que expõem pessoas indiscriminadamente a um risco que elas não podem optar. Verdi Filho lembrou que o programa é vinculado a um órgão ambiental do Estado, a Fepam. Parte da taxa que será cobrada vai ser destinada à fundação, que irá gerenciar o monitoramento da qualidade do ar. Para ele, as pessoas ganharão não só em relação à poluição, mas também com relação à segurança veicular.


Andrea Martins/Rádio Guaíba

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