terça-feira, 31 de julho de 2012

Porto Alegre é a 2ª cidade mais poluída do Brasil

As 3 cidades mais poluídas do Brasil segundo pesquisas, o Rio de Janeiro é a cidade mais poluidora do Brasil, seguida por Porto Alegre e São Paulo. As cidades poluidoras possuem alto número de indústrias emitindo enormes quantidades de gases conhecidos como gases-estufa, que contribuem muito com o aquecimento global e o aumento de temperatura.

 

Por SBT

segunda-feira, 30 de julho de 2012

O que é inspeção veicular ambiental?


Google Imagens

É uma medida prevista no Código Brasileiro de Trânsito que visa avaliar a emissão de poluentes de automóveis e motos


Priscilla Santos e Yuri Vasconcelos


Esta medida já é adotada na cidade de São Paulo e no estado do Rio de Janeiro, com expectativa de expansão para todo o país visando reduzir a quantidade de poluentes emitidos pelos veículos nas cidades. Em uma inspeção, técnicos verificam-se o motor está regulado, se há emissão visível de fumaça, vazamentos aparentes ou alteração no sistema de escapamento e medem os níveis de ruído e de emissão de monóxido de carbono e hidrocarbonetos, os dois principais poluentes emitidos pelos carros. No Rio, todos os veículos são inspecionados. 

Em São Paulo, além de motos e veículos a diesel, somente os carros fabricados a partir de 2003 estão obrigados a passar pela inspeção – que é condição para se conseguir o licenciamento.

sábado, 28 de julho de 2012

Falta de inspeção veicular provoca quase 70 mil multas em SP



A CET (Companhia de Engenharia e Tráfego) emitiu 68.635 multas por falta de inspeção veicular em São Paulo nos primeiros três meses de fiscalização por meio de radares.




Desde o dia 6 de dezembro de 2010, os radares da cidade que possuem o Sistema de Leitura Automática de Placas também fiscalizam veículos que não passaram pela inspeção veicular ambiental. Atualmente, 193 aparelhos fazem a fiscalização da frota.

A infração tem multa de R$ 550, mas não pontuação na carteira de habilitação, por ser uma infração ambiental.

Segundo a CET, os recursos obtidos com essas multas serão remetidos para o Fundo Verde (Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável) e ficarão disponíveis para projetos da Secretaria de Transportes da cidade que visem diminuir a poluição emitida pelos veículos e as emissões de gases de efeito estufa.

REPROVADOS
No ano passado, 116.412 veículos não conseguiram ser aprovados na inspeção, o equivalente a 3,8% do total.

O maior índice de reprovações é entre os caminhões: 14,8%. Automóveis de passeio têm o maior percentual de aprovações, com 96,4%.

Foram aprovados de cara, já na primeira inspeção, 76,5% dos veículos, segundo a Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

Entre os caminhões, a maior parte --53,9%-- foi reprovada na primeira inspeção e teve de voltar ao menos uma vez para refazer o teste.

Quando reprovado, o veículo tem 30 dias para passar por outra inspeção sem pagar nova taxa. Caso seja reprovado novamente ou não volte no prazo, é preciso pagar de novo a tarifa.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Os benefícios do GNV


Google Imagens
Preço baixo e mais rendimento: o veículo que opera com combustível tradicional e o GNV simultaneamente tem uma média de 200Km a mais de autonomia. Além disso, o GNV é mais barato que os demais combustíveis.

Sem poluição: a composição do GNV permite uma combustão completa, emitindo um teor baixíssimo de poluentes e preservando o meio ambiente.

Menos manutenção: a combustão completa e limpa aumenta a vida útil do motor do veículo, o que diminui a necessidade de manutenção no carro.

Sem adulteração: o GNV abastecido em seu automóvel é 100% puro, sem o menor risco de adulteração.

Combustível seguro: o GNV é muito mais seguro do que os demais combustíveis automotivos. Durante o abastecimento, não entra em contato com o ar, o que impossibilita a combustão. Em caso de vazamentos, o GNV rapidamente se dissipa na atmosfera, diminuindo o risco de explosões.

Tire suas dúvidas:




quinta-feira, 26 de julho de 2012

País atinge padrão mundial em emissões de poluentes veiculares


Na esteira da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável que aconteceu em junho no Rio de Janeiro, a boa nova é que o Brasil começa a se aproximar dos padrões internacionais de emissões veiculares. Entre 1995 e 2012, o Brasil reduziu a média de emissões de poluentes da frota nacional de 3,8 para 0,4 g/km, valor equiparável aos padrões internacionais. Segundo a Anfavea, esses números se justificam por uma legislação ambiental mais rigorosa no país. 


Em 1988, houve a adoção do Proconve, programa que controla as emissões de poluentes para comercializar veículos. "Ele já está em sua quinta fase e, em comum acordo com as montadoras, tornou-se mais exigente", diz Marcelo Bales, gerente da Cetesb, órgão de controle ambiental do estado de São Paulo. Para Francisco Satkunas, consultor da SAE, "as montadoras investiram em novas tecnologias de motores, reduzindo o consumo e as emissões de poluentes". O Brasil teve redução de um terço nas emissões de CO2, principal responsável pelo efeito estufa. A chegada da tecnologia flex a partir de 2003 foi decisiva: o etanol neutraliza os gases de efeito estufa a partir do cultivo da cana. Em 2010, 40% da frota era de carros flex: 15 milhões de unidades de um total de 32,5 milhões. A previsão para 2017 é aumentar o consumo de biocombustíveis. Em relação a 2008, o etanol aumentará sua participação de 17,9% para 31,4%, e a da gasolina se reduzirá para 12,8%. 

Para se adequar à legislação nacional e aos planos de redução de emissões internacionais, algumas montadoras já estabeleceram sua "agenda verde". A Honda assume o compromisso global de diminuir as emissões em 30% até 2020, tomando como base seus níveis medidos no ano de 2000, e de zerá-las até 2050. Para a Mercedes-Benz, o objetivo é a redução de CO2 para 125 g/km até 2016, o que equivale a uma diminuição de 30% em comparação a 2007. A Ford estabelece um prazo mais longo, prometendo para 2025 amenizar em 30% a emissão de CO2. A Toyota é mais contida nesses objetivos e se compromete em diminuir apenas 5% os poluentes até 2015. 


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sincopeças-RS promove debate Por Um Ar Mais Limpo no Rio Grande do Sul



Evento ocorre no Dia de Combate à Poluição e vai debater a Inspeção Veicular Ambiental (IVA) e a poluição do ar Porto Alegre - A Sala da Convergência da Assembleia Legislativa é o local escolhido pelo Sincopeças-RS - Sindicato do Comércio Varejista de Veículos e de Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Rio Grande do Sul - para o debate Por Um Ar Mais Limpo no Rio Grande do Sul, às 9h do próximo dia 14 de agosto, Dia de Combate à Poluição. A motivação é proporcionar que o tema seja olhado por vários ângulos num espaço de participação pública maior, notadamente a política, já que a Inspeção Veicular Ambiental (IVA) consta em projeto de lei de autoria do executivo e sua votação pelos deputados será subsidiada pela discussão que o Sincopeças-RS propõe.

O objetivo é avaliar, além de questões que dizem respeito à IVA, a qualidade de vida nas grandes cidades no que diz respeito à poluição do ar. Para tanto, o médico e doutor na área de Ciências da Saúde e professor titular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)/Harvard, Paulo Saldiva, virá de São Paulo, onde o assunto está em pauta há mais tempo.


De lá também virão o Secretário do Verde e Meio Ambiente de São Paulo, engenheiro Carlos Roberto Fortner e o presidente da Controlar no Brasil, Harald Peter Zwetkoff. Localmente, o debate conta com a expertise no tema do diretor-presidente e o diretor-técnico do DETRAN/RS, Alessandro Barcellos e Ildo Mário Szinvelski, respectivamente.

Estão convidados os presidentes das entidades Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do RS (Sindirepa/RS), Enio Guido Raupp, Sindicato Intermunicipal dos Concessionários e Distribuidores de Veículos RS e Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Sincodiv/Fenabrave), Fernando Esbroglio, Sindicato Médico do RS (Simers), Paulo Argollo Mendes; Fecomércio, Zildo de Marchi e Fiergs, Heitor José Müller. O presidente da Assembleia, Alexandre Postal e o governador Tarso Genro também são convidados. O evento é gratuito, aberto ao público e para participar é necessário inscrever-se previamente pelo e-mail marketing@sincopecas-rs.com.br.


Informações pelo telefone (51) 3222-5577. 
Site: http://www.sincopecas-rs.com.br/

Os grandes motivos que mais congestionam as cidades do país.. Ouça a Agência Radioweb

O aumento do poder de compra, facilidade na obtenção de crédito, redução do IPI, são os grandes motivos que mais congestionam as cidades do país.

Ouça agora:


Agência Rádio Web

domingo, 22 de julho de 2012

Neutralize a emissão de carbono do seu blog! Grátis!


Sabia que um blog produz quase 3,6 kg de dióxido de carbono por ano? A maioria dos blogueiros não sabe.

Nosso objetivo é plantar 500 árvores nativas no Brasil, e para isso precisamos da participação de 500 blogueiros.  Participe agora, e garanta o plantio de uma árvore para que seu blog seja neutro em CO2.  Quanto mais blogueiros como você participam, mais árvores são plantadas.

Colocando o selo “O meu blog é neutro em CO2″, você colabora com a restauração da biodiversidade brasileira e neutralize a emissão de carbono do seu blog. Para cada blog que coloca o nosso selo, uma árvore é plantada. Em parceira com o  Programa Plante Árvore do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), o objetivo do Guiato é restaurar áreas desmatadas através do plantio de mudas nativas na região de Apucarana, no Paraná. Além disso, a Gesto Verde faz parte de uma rede internacional de iniciativas baseadas no mesmo model, as quais já plantaram mais de 3 mil árvores na Europa.

A sua ação virtual de neutralizar as emissões de CO2 do seu blog representa um gesto real na direção certa. A preservação ao meio ambiente é uma atitude não só necessária, mas também possível - e sem muito esforço.

Nós plantamos uma árvore para neutralizar a emissão de CO2 do seu blog - grátis!

Faça parte deste gesto!


Poluição não é igual para todos, inspeção veicular também não deveria ser


  • Inspeção veicular em São Paulo: todo mundo faz
    Inspeção veicular em São Paulo: todo mundo faz
Ao entrar no quarto ano de inspeção técnica ambiental para toda a frota da cidade de São Paulo, pode-se afirmar que se trata de uma ação bem-sucedida. Em 2011, cerca de 3,2 milhões veículos passaram pelas linhas de inspeção, incluindo automóveis, motocicletas, caminhões e ônibus.
A partir das estatísticas da concessionária do serviço, Controlar, um mito já pode ser desfeito. A maior cidade do país está longe da frota "monstruosa" de 7 milhões de veículos que lhe é atribuída pelos dados distorcidos do Denatran. A empresa estima a evasão -- veículos antigos que poluem muito, mas rodam relativamente pouco -- em 30%. A frota real estaria, portanto, em torno de 4,5 milhões de unidades. Simplesmente, o Denatran não pondera o sucateamento natural de veículos ao impor regras complicadas ao último proprietário.
O controle da frota é fundamental para qualquer planejamento viário, análise de poluição do ar, inspeção de segurança e incidências de mortos e feridos no trânsito. Números artificialmente elevados de veículos em circulação mascaram as taxas de acidentalidade. Se o divisor fosse próximo da realidade, os 40 mil mortos por ano colocariam o Brasil em posição ainda mais vexaminosa no quadro mundial.
Hoje, apenas a cidade de São Paulo e o Estado do Rio de Janeiro fazem inspeções regulares. No segundo caso, além de emissões, há checagem de poucos itens de segurança, de forma superficial e tarifa muito cara. Uma verdadeira e confiável inspeção técnica veicular (incluindo a ambiental) ainda está esquecida no Congresso Nacional. O que existe é a obrigatoriedade de inspeção de emissões, imposta pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) a todos os Estados sob critérios discutíveis e desconectada da realidade.
Uma inspeção unificada permitiria tarifas menores e atacaria o problema maior, os riscos de acidentes por falta de controle de manutenção. Não se trata de menosprezar a qualidade do ar e seus reflexos na saúde. Clama-se por racionalidade. Afinal, São Paulo e uma cidade à beira-mar no Nordeste mostram cenários bem distintos de poluição.
A Controlar, depois de muita insistência, abriu alguns de seus números e se esforçou para tentar provar a importância de inspecionar automóveis de até três anos de uso. Em 2011, o índice de reprovação na primeira vistoria para carros fabricados em 2010 foi de ridículo 1%; em 2009, 2%; em 2008, 3%. Nesses percentuais se incluem táxis e veículos de frota que, por rodarem bastante, ficam mais sujeitos a desconformidades e devem ser inspecionados em intervalos menores.
Veículos com motor a diesel, incluídos picapes e SUVs, tiveram índices elevados de reprovação inicial: 15%, 16% e 14%, respectivamente. Motocicletas: 4%, 7% e 18% para os mesmos anos de fabricação (2010, 2009 e 2008).  As frotas problemáticas são essas e não os carros com motores a gasolina, etanol ou flex com três anos de uso. Os movidos a GNV foram os piores por falta de controle sobre a instalação de kits de adaptação. A melhora do ar na cidade ocorre com ajuda da inspeção, mas fatores atmosféricos aleatórios também influenciam.
A concessionária insiste em inspecionar carros seminovos pelo equilíbrio financeiro do seu negócio, pois a evasão é baixíssima. Se fossem dispensados, como a regra nos demais países, a renovação de frota poderia se acelerar. Haveria estímulo para troca de automóvel e se livrar, a cada ano, do maçante processo burocrático (agendamento, boleto e inspeção).
Tarifa cobrada pela Controlar baixou para R$ 44,36, mas deveria ser menor para automóveis recentes. Estes dispõem de sistema de diagnose a bordo, mais confiável e que encurta o tempo de inspeção.

sábado, 21 de julho de 2012

Em meio a planos, frota de elétricos não chega a 100 no País


O elétrico Nissan Leaf já circula como táxi nas ruas da cidade de São Paulo
Foto: Léo Pinheiro/Terra


KARINA CRAVEIRODireto de São Paulo


"Três milhões de veículos leves elétricos deverão circular pelo mundo em 2020. Em 2025 já serão 10 milhões e chegarão a 19 milhões em 2030″. A afirmação é de Jayme Buarque de Hollanda, diretor-geral do Instituto Nacional de Eficiência Energética (INEE), presidente do conselho da Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), e responsável pela criação do salão latino-americano de veículos elétricos. De acordo com ele, 20% da frota brasileira - hoje em 41 milhões de automóveis - será composta por carros elétricos em 2022. Porém, a realidade atual é bem diferente. Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), no País existem apenas 58 automóveis emplacados com a denominação "elétrico" (puramente movidos a eletricidade e não híbridos, que além de eletricidade também podem andar com outro tipo de combustível). Mas quais são as reais iniciativas das empresas e montadoras para que os veículos elétricos circulem pelas estradas no País?

Uma das primeiras fabricantes a dar o "pontapé" na chamada "eletrificação brasileira" foi a Nissan. Em parceria com a prefeitura da capital paulista e a AES Eletropaulo, a marca japonesa trouxe duas unidades do Leaf, que fazem parte de um programa piloto que estuda a viabilidade de veículos como esses operarem como táxis pela cidade.

Até outubro, a ideia é trazer mais oito modelos, que circularão por São Paulo. As duas unidades já fazem parte da frota de uma companhia de táxi, e são "abastecidas" em dois pontos de recarga, instalados pela própria Nissan na sede da cooperativa. "A Nissan forneceu dois carregadores de carga lenta, mas a AES vai instalar mais cinco carregadores de carga rápida por concessionárias da marca na cidade. Foram escolhidas regiões estratégicas, próximas a grandes avenidas", afirma Paulo Pimentel, gerente de tecnologia da distribuição da AES Eletropaulo.

Pimentel conta que a intenção inicial da prefeitura era trazer os modelos para substituir algumas unidades da frota da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), mas em função do alto custo dos veículos - e por ser ano eleitoral -, o projeto foi modificado.

Os cinco pontos de recarga rápida da AES, que funcionarão por, no mínimo, 36 meses, poderão completar em 80% a autonomia do veículo, em 30 minutos de tomada. De início, a conta será mandada para a companhia de táxi, que deve desembolsar R$ 7,11 por recarga completa, que equivale a 160 km de autonomia. Ainda não existe uma regulamentação do governo para a tarifa de corrente contínua. A energia gasta é calculada por um medidor convencional, como corrente alternada. "Um carro a combustão gasta R$ 39,24 para rodar o mesmo trajeto. Estamos muito satisfeitos com o projeto, e os relatórios dos usuários dos táxis e dos motoristas são muito positivos. O gasto é equivalente ao de um chuveiro elétrico", diz Pimentel.

A empresa de energia CPFL, também está disposta a desenvolver um protótipo de posto de recarga para veículos elétricos e plug-in, só que em locais públicos. Na sede da empresa, em Campinas, no interior de São Paulo, existe um posto desde agosto de 2010, onde oito modelos elétricos, comprados pela CPFL são abastecidos. São quatro unidades do modelo Aris, desenvolvido em parceria com a fabricante Edra, três unidades do modelo Th!nl City, e um Fiat Palio elétrico - desenvolvido em parceria com a Itaipu -, utilizados para testes e atividades do dia a dia da empresa. "A ideia é que o posto seja uma estação de recarga do tipo pré-pago. O usuário teria um crédito em um cartão personalizado e com ele o motorista poderia recarregar o veículo durante uma parada em um shopping, no cinema ou no horário do almoço", diz Vinícius Teixeira, gerente de inovação da marca.

Além do projeto do "eletroposto", a companhia de energia se dedica atualmente à montagem da primeira bateria de lítio no Brasil para uso em veículo elétrico. "Essa bateria será utilizada em um de nossos veículos. Faremos testes juntamente com as baterias importadas que temos. O atual problema do elétrico ainda é o alto custo das baterias, cerca de 40% do preço do veículo, e a sua baixa produção", completa Teixeira.

Carregue enquanto compra 
Por outros pontos da cidade de São Paulo, shoppings já têm vagas reservadas e exclusivas para que veículos elétricos estacionem e façam a recarga rápida, enquanto os donos fazem compras - embora, na verdade, isso raramente aconteça. O shopping Iguatemi inaugurou quatro vagas em maio de 2011. Já em abril deste ano, o Villa-Lobos reservou duas vagas. Marcus Borja, superintendente do Villa-Lobos diz que o empreendimento apenas se adequou a uma tendência de mercado. "O carro elétrico será uma realidade e nós estamos prontos para atender os clientes que são usuários desses veículos", afirma.

Em prédios residenciais e comerciais, as construtoras também já veem as vagas exclusivas como item de necessidade para os próximos anos. A BKO vai entregar em outubro, na Vila Olímpia, em São Paulo, seu primeiro empreendimento com dois pontos de recarga. A intenção da empresa é lançar mais seis construções com vagas para elétricos no ano que vem. A carioca Calper também planeja para 2015 um conjunto residencial com estacionamento com tomada para abastecimento de elétricos no bairro do Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.

"Por enquanto, não dá"
Chevrolet, Toyota, Nissan e Mitsubishi são algumas empresas que já trouxeram ao Brasil veículos elétricos para demonstração. Mas nenhuma delas chegaram, de fato, a pensar em comercializar as unidades por aqui. Procuradas pelo Terra, Chevrolet e Fiat disseram que não têm qualquer plano de produzir ou comercializar veículos elétricos no Brasil. Já a Mitsubishi contou que negocia com vários governos estaduais, polícia ambiental e empresas. "Mas a venda para pessoa física é inviável. O i-Miev sairia por R$ 200 mil. Estamos trabalhando para tentar viabilizar uma legislação que privilegie a vinda do modelo. Por enquanto, não dá", diz Reinaldo Muratori, diretor de engenharia da Mitsubishi.

De acordo com Muratori, o deputado Irajá de Abreu (PSD-TO) tem um projeto de lei já aprovado, e que deve passar por nova votação neste semestre, que incentiva a produção local de veículos elétricos, e isenta o Imposto de Produtos Importados (IPI) para modelos "verdes" pelos próximos cinco anos. "Ele também prevê que as frotas do governo tenham um percentual mínimo de elétricos. É o projeto mais bem encaminhado dentro do Congresso. Temos esperança que dê certo", diz ele, completando que apesar dos impostos, o custo de produção ainda é elevado. "Esperamos que em 2015 o custo já tenha caído em 30%, o que tornaria o elétrico mais atraente. Esse é um dos principais entraves".

terça-feira, 10 de julho de 2012

Capitais brasileiras ultrapassam limite de poluição da OMS


Seis cidades do país têm poluentes acima da média, diz estudo da USP

João Varella, do R7

Estudo da USP (Universidade de São Paulo) que projeta 14 mil mortes por causa do atraso na implementação do chamado combustível mais limpo, que emite menos partículas poluentes na atmosfera, mostra que Porto Alegre, Rio de Janeiro, Recife, Belo Horizonte, Curitiba e, principalmente, São Paulo, têm poluição acima do limite estabelecido pela OMS (Organização Mundial de Saúde).

A OMS recomenda que a média de concentração de material particulado fino - que mede cerca de 0,0025 mm - não passe de 10 microgramas por metro cúbico. Ao longo do dia e das estações do ano, a concentração varia. De acordo com critérios da organização, o pico não pode ultrapassar 25 microgramas por metro cúbico.Nenhuma das seis cidades pesquisadas fica abaixo da média. São Paulo tem média acima da oscilação máxima estipulada pela OMS. Veja o quadro abaixo:


Consequências
De acordo com o estudo da USP realizado a pedido do Ministério da Saúde, as 14 mil mortes se dariam em decorrência da poluição do ar que causa problemas respiratórios - principalmente em crianças e idosos -, cardíacos e pode provocar câncer.

Estudo recente ainda prova que a poluição do ar é uma das causas de infertilidade masculina, de acordo com o urologista Jorge Hallak, coordenador da Unidade de Toxicologia Reprodutiva e de Andrologia do Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo), ligada à Secretaria de Estado da Saúde. 

Outra pesquisa diz que a poluição é uma das responsáveis pelo baixo peso de bebês ao nascer. Com foco em uma cidade de médio porte, pesquisadores da Unitau (Universidade de Taubaté) destacaram que o dióxido de enxofre e o ozônio podem causar às crianças problemas respiratórios e doenças cardiovasculares antes mesmo do nascimento.

Apesar desses danos, a legislação brasileira não dispõe de critérios para estabelecer limites desses poluente. Paulo Afonso de André, professor da USP e um dos coordenadores da pesquisa que projeta as 14 mil mortes em razão do atraso na implementação do combustível limpo, defende que não só é preciso estipular um limite para a poluição como também é importante discriminar o tipo de partículas.

– Às vezes, a quantidade de partículas na capital paulista é a mesma do litoral. A de São Paulo é geralmente danosa, porque vem de substâncias tóxicas como o enxofre. Na praia, é apenas sal.

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