Na esteira da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável que aconteceu em junho no Rio de Janeiro, a
boa nova é que o Brasil começa a se aproximar dos padrões internacionais
de emissões veiculares. Entre 1995 e 2012, o Brasil reduziu a média de
emissões de poluentes da frota nacional de 3,8 para 0,4 g/km, valor
equiparável aos padrões internacionais. Segundo a Anfavea, esses números
se justificam por uma legislação ambiental mais rigorosa no país.
Em
1988, houve a adoção do Proconve, programa que controla as emissões de
poluentes para comercializar veículos. "Ele já está em sua quinta fase
e, em comum acordo com as montadoras, tornou-se mais exigente", diz
Marcelo Bales, gerente da Cetesb, órgão de controle ambiental do estado
de São Paulo. Para Francisco Satkunas, consultor da SAE, "as montadoras
investiram em novas tecnologias de motores, reduzindo o consumo e as
emissões de poluentes". O Brasil teve redução de um terço nas emissões
de CO2, principal responsável pelo efeito estufa. A chegada da
tecnologia flex a partir de 2003 foi decisiva: o etanol neutraliza os
gases de efeito estufa a partir do cultivo da cana. Em 2010, 40% da
frota era de carros flex: 15 milhões de unidades de um total de 32,5
milhões. A previsão para 2017 é aumentar o consumo de biocombustíveis.
Em relação a 2008, o etanol aumentará sua participação de 17,9% para
31,4%, e a da gasolina se reduzirá para 12,8%.
Para se adequar à
legislação nacional e aos planos de redução de emissões internacionais,
algumas montadoras já estabeleceram sua "agenda verde". A Honda assume o
compromisso global de diminuir as emissões em 30% até 2020, tomando
como base seus níveis medidos no ano de 2000, e de zerá-las até 2050.
Para a Mercedes-Benz, o objetivo é a redução de CO2 para 125 g/km até
2016, o que equivale a uma diminuição de 30% em comparação a 2007. A
Ford estabelece um prazo mais longo, prometendo para 2025 amenizar em
30% a emissão de CO2. A Toyota é mais contida nesses objetivos e se
compromete em diminuir apenas 5% os poluentes até 2015.
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